Martinele
Conforme começamos a estudar na aula tema anterior, a criação do conhecimento está na interação entre conhecimentos tácito e explícito. Lembramos que o conhecimento tácito é pessoal, ligado ao contexto, à experiência do indivíduo e suas crenças. Lidar com o conhecimento tácito é um grande desafio. Imagine um bom funcionário prestes a se aposentar. É possível que o conhecimento acumulado ao longo de uma vida na empresa se perca quando de seu afastamento. Essa é uma das tônicas da Gestão do Conhecimento: reter o conhecimento de funcionários que se afastam ou se aposentam. Os representantes de companhias, que lidam com informação, falam em seus discursos que seus funcionários são o seu maior ativo. A maior riqueza das organizações está no conhecimento tácito, traduzido em idéias, julgamentos, talentos individuais e coletivos, relacionamentos, perspectivas e conceitos, armazenado na mente das pessoas ou inserido em produtos, serviços e sistemas. A seguir são descritos os processos que compõem o modelo de criação de conhecimento SECI ou espiral do conhecimento, proposto por Nonaka e Takeushi, autores de nosso livro texto.
S - Socialização: Do Conhecimento Tácito para Conhecimento Tácito A socialização é um processo de compartilhamento de experiências e, a partir daí, da criação do conhecimento tácito, como modelos mentais e habilidades técnicas compartilhadas. Um indivíduo pode adquirir conhecimento tácito diretamente de outros indivíduos, sem usar a linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática. Socialização está associada a aprender pelo exemplo e a aprender fazendo. O segredo para a aquisição do conhecimento tácito é a experiência. Sem experiência compartilhada é extremamente difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio do outro indivíduo. A mera transferência de informações