Marshall McLuhan

Marshall McLuhan

McLuhan desloca o eixo dos estudos acerca dos efeitos das mensagens e investe no estudo dos MCM enquanto tecnologias. Tais veículos, segundo ele, têm influência tremenda na história da humanidade. Diferente de outros estudiosos que se ocuparam do mesmo fenômeno, defendia não haver nada a temer sobre tal influência. Ele apresenta uma visão positiva dos MCM e a cultura que eles transmitem.

Mechanical Bride

Seu primeiro livro, “Mechanical Bride” (A noiva mecânica) foi escrito em 1951. Nele tece comentários sobre o novo tipo de cultura nascente que produz, na sua visão, objetos de grande valor estético. Enquandram-se em sua concepção de “valor estético” a publicidade, transmissões radiofônicas, histórias em quadrinhos, filmes de ação etc. A elevação de tais manifestações à condição de arte é o cerne de seu discurso anti-elitista. Na sua visão, a cultura erudita é mantida viva artificialmente. A genuína cultura é aquela que representa os principais anseios da sociedade.

Principais ideias encontradas em Mechanical Bride

A sociedade industrial embarcou num “estado onírico”. E a cultura de massa, um índice dos principais impulsos e necessidades (individuais e coletivas) dessa configuração de sociedade é responsável por acalentar os sonhos dos indivíduos nela inseridos e que giram em torno de temas como sexo, morte e progresso tecnológico. Em outras palavras, os MCM são uma espécie de receptáculo dos elementos que compõem o imaginário coletivo.

Mudança de enfoque

Após “Mechanical Bride” entra em contato com outro canadense, Harold A. Innes, o que o faz repensar o enfoque de suas preocupações analíticas.

Innes propõe mudança no conceito de dimensão de tempo, o qual depende em parte dos avanços tecnológicos. Por exemplo, difusão rápida de notícias afeta a concepção tempo/espaço (Gérmen do trabalho de Innes). Concebe inicialmente o avanço na técnica de se comunicar como motor da economia. Depois amplia o que acreditava ser a