Marselha

1719 palavras 7 páginas
larga predominância da visão e do trabalho do historiador da arte. Tal acontece, em primeiro lugar, pela organização dos conteúdos em função de uma cronologia – o I vol. abrangendo a chamada “Pré-História”, o II a Idade Média e o III a Época Moderna – mas também pelo respeito metodológico pelos sucessivos períodos artísticos, nomeadamente o Românico, o Gótico, o Manuelino, o Renascimento e o Barroco, referenciados pelas suas obras maiores, há muito consagradas por gerações de historiadores. Por isso, “Os enigmas” que envolverão estes monumentos nem sempre são claros. O que pode conduzir a esta observação: afinal, Paulo Pereira fez uma História da Arquitectura portuguesa, com particular ênfase nas suas articulações produtivas (físicas e simbólicas) com a paisagem, introduzindo, em alguns casos, referências a uma “literatura esotérica” que, por razões relativamente alheias à História da Arte, também se ocupou desses lugares. Acresce que, em várias situações, por exemplo, na Baixa pombalina (III vol.), o autor se limita mesmo a citar os estudos que afirmam o seu “traçado hermético”, sem tomar partido, nem sequer em termos de reflexão. Não se pense que esta atitude de prudência controlada diminui o interesse da obra. Está bem paginada, apresenta um número considerável

de imagens cuja qualidade média é elevada, é de fácil consulta porque se organiza por entradas temáticas caracterizadoras dos objectos, das conjunturas e das problemáticas que remetem de umas para outras. A escrita é fluente, atractiva e irreverente, as bibliografias especializadas actualizadíssimas. Trata-se assim de uma História da Arquitectura generalista, capaz de cativar e interessar públicos não especializados, o que não é pouco tendo em conta os constrangimentos da cultura portuguesa. Para os especialistas, há, nos melhores capítulos – que são vários – muitos reptos para reflexão, nomeadamente relacionados com a elaboração de iconografias arquitectónicas, ecoando e apropriando práticas oriundas

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