Maquiavel

O nascimento da ciência política moderna: o “Príncipe” de Maquiavel

A passagem para a modernidade
• Renascimento é um termo consideravelmente amplo, utilizado para assinalar a progressiva mudança de mentalidade que marca a passagem do período medieval para o periódo moderno.
• Não é um movimento unívoco, tendo diferentes fases e características próprias em cada período (englobando vagamente o período do século XIV ao XVII).
• Para os fins da nossa disciplina, chamaremos a atenção para mudanças nas instituições políticas e no modo de pensar sobre a ciência.
• (Note-se que parte dos historiadores contemporâneos criticam a noção de periodização como excessivamente artificial por haver várias linhas de continuidade entre os diferentes períodos.)
Mudanças na cultura: o abandono do escolasticismo pelo humanismo.
• Os escolásticos consideravam que todas as questões teóricas deveriam ser submetidas à análise acadêmica e, para isso, seria necessário uma formação estrita nas artes liberais (trivium e quadrivium) • Os humanistas defendem a noção de uma formação voltada para a cultura geral, para a leitura dos clássicos e para os domínios dos meios de expressão.
• Essa mudança cultural também implica em uma mudança no cenário da discussão: a filosofia política deixa de ser assunto de especialistas para se tornar tema de discussões abertas nos espaços públicos.
• Em paralelo, há também uma diminuição da influência religiosa sobre o debate público, já que muitos dos novos autores não pertencem ao quadro da Igreja.
Mudanças na ciência: o abandono da causalidade aristotélica pela observação da natureza.
• Há uma mudança também no estilo de fazer ciência: há um foco menor nos sistemas abstratos de inspiração aristotélica e um foco maior no que pode ser observado.
• A noção de causa final e causa formal perdem importância e o foco passa a ser na causa eficiente: o que é que deu início a cada fenômeno?
• Progressivamente, surge a noção de método científico e de que