Maquiavel

Maquiavel rejeita a tradição idealista de Platão, Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, e segue a trilha inaugurada pelos historiadores antigos, como Tacito, Políbio, Tucidides e Tito Livio. Seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Sua regra metodológica era: Ver e examinar a realidade tal como ela era, e não como gostaria que fosse.
Guiado pela busca da verdade efetiva, Maquiavel estuda a historia e reavalia sua experiência como funcionário do Estado. Sua permanência em todas as épocas transforma a historia numa privilegiada fonte de ensinamento. “aquele que estuda cuidadosamente o passado pode prever os acontecimentos que produzirão em cada estado e utilizar os mesmos meios que os empregados pelos antigos.”
Anarquia x Principado e republica, Maquiavel sugere que há basicamente duas respostas a anarquia decorrente da natureza humana e do confronto entre os grupos sociais, o Principado e a Republica. A escolha de uma ou de outras formas institucional não depende de um mero ato de vontade ou de consideração abstratas e idealistas sobre o regime, mais da situação concreta. A sociedade já encontrou formas de equilíbrio, o poder político cumpriu sua função regeneradora e educadora, ela esta preparada para a réplica. O pensador Florentino chama de liberdade, o povo é virtuoso, as instituições são estáveis e contemplam a dinâmica das relações sociais. Face a Itália de sua época, Maquiavel não tinha duvida, era necessário sua unificação e regeneração, era preciso, enfim, um príncipe.
Para pensar a virtu e a fortuna mais uma vez Maquiavel recorre mais uma vez aos historiadores clássicos, buscando contrapô-lo aos preceitos dominantes na Itália seiscentista. Como a Fortuna de tratava de uma deusa que também era mulher, para atrair suas graças era necessário um homem que possui virtú(virtude). O governante não é o mais forte, já que esta em posição de dominar mais não de manter o poder. Um príncipe sábio deve guiar se pela necessidade – “Aprender