Maquiavel a Hobbes

Nicolau Maquiavel (1469-1527) Tema: o Estado, a manutenção do poder através da arte de governar e evitar o caos. Método: empírico comparativo, crítica à ideia de regime ideal (pensar o político no âmbito das contingências a partir de experiências concretas). - natureza humana: covarde, egoísta, volúvel e, portanto, tendente ao conflito. - A política:vista como ação contínua que busca processar institucionalmente os conflitos (o conflito, nesse caso, perde sua conotação negativa e remete à ideia de mudança, de aperfeiçoamento). O elemento razão indicando: - a ruptura política/religião - autonomia da política (dicotomia política/moral) - agir estrategicamente (adequar os meios aos fins)

Thomas Hobbes Contexto histórico: guerra civil inglesa, disputa entre, o poder da coroa, dos lordes e do parlamento, além daqueles que pregavam o universalismo da igreja e ,portanto, a superioridade da mesma sobre o poder temporal do Estado. Tema: o problema da unidade do poder, da superação do divisionismo e dos conflitos. Abordagem: racionalismo filosófico (o Estado como algo artificial, como um produto da razão humana). Natureza humana: desejo de poder, de glória, particularismo (visão antropológica) Estado de natureza: todos são iguais em essência e em poder o que resulta na guerra generalizada. Contrato: os homens, movidos pelo medo e pelo instinto de autoconservação fundam o Estado através de um acordo recíproco. Estado:corpo artificial criado pelos próprios homens que racionalmente encontram o meio para garantir segurança e vida. A legitimidade do poder, nesses termos, é incontestável. A noção de representação:o soberano está autorizado a representar o povo com total independência frente aos representados como forma de realização do bem público. Não há espaço para a noção de indivíduo, de consciência privada. A soberania ´é indivisível e incontestável: Hobbes não aceitou o conflito, o dissenso como parte da política, mas como a arruína do Estado. Assim, caberia ao soberano