Maquiavel Filosofia

Durante o Renascimento, período que ficou conhecido pelo renascer do conhecimento (pensamento liberal, artes, ética, técnicas e política) que tinham sido desenvolvidos antes do período medieval, e que até aquele momento era privilegio da igreja, ou seja, ela teria total autoridade para decidir o que seria feito com esse conhecimento.
Nesse âmbito, entre 1513 e 1514 na Florença é escrita uma obra que marca o surgimento do pensamento político moderno: O Príncipe, de Maquiavel.
Nesse livro o primeiro embate que Maquiavel tem com o sistema político da época, é que ele admite um fundamento anterior e exterior a política (religião, natureza e razão), Maquiavel dizia que toda cidade é regida por duas vontades; a vontade dos grandes de dominar e comandar, e a vontade do povo de não ser dominado e nem comandado. Portanto não podendo ser uma comunidade homogenia, e com isso não tendo a possibilidade de ser de ordem divina, natural ou racional.
Outro ponto que Maquiavel defendia em seu livro é: a finalidade da política não é a justiça e o bem comum, mas sim a tomada e a manutenção do poder, e que o verdadeiro príncipe é aquele que sabe conquistar e manter o poder, e para tal nunca se alia aos grandes pois esses são seus inimigos e querem o poder para si, e deve se aliar ao povo que espera de seu governante a imposição de barreiras à vontade de opressão dos grandes.
Maquiavel também diz que o príncipe tem que ter virtù, ou seja, o príncipe pode usar quaisquer meios para alcançar o poder e para mante-lo, mas nunca deve ser odiado, dai a frase "o fim justifica os meios".