Manoel de Barros

MANOEL DE BARROS

Nascido à beira do rio Cuiabá, um ano depois sua família foi viver em uma propriedade rural em Corumbá, mudou ainda quando criança para Campo Grande e, mais tarde, para o Rio de Janeiro, a fim de completar os estudos, onde se formou bacharel em direito em 1941.
Ficou 10 anos em um internato, se demonstrou contra a escrita do Padre Antônio Vieira que colocava a frase em frente da verdade. Seu primeiro livro não foi poesia e foi perdido pois o policial que iria prendê-lo por ter pichado uma estátua com as palavras “viva o comunismo”, levou consigo e nunca mais souberam se do livro 'Nossa Senhora de Minha Escuridão'.
Escreveu poesias pela primeira vez aos dezenove anos de idade, seu primeiro livro publicado foi "Poemas concebidos sem pecado” (1937), feito artesanalmente por amigos numa tiragem de 20 exemplares mais um, que ficou com ele. Rompe com o Partido Comunista, após sua decepção, vive na Bolívia, no Peru e também, durante um ano, em Nova Iorque, onde faz um curso de cinema e pintura no Museu de Arte Moderna.
Em 1960 retorna a Campo Grande ,onde leva uma vida como criadores de gado, porém, nunca deixou de escrever poesias. Seu trabalho começou a ser valorizado nacionalmente a partir da descoberta deste por parte de Millôr Fernandes, já na década de 1980. A partir daí, ganhou reconhecimento através de vários dos maiores prêmios literários do Brasil, como o Jabuti, em 1989, com "O guardador de águas".
Atualmente, é considerado o maior ou um dos maiores poetas vivos do Brasil, sendo o mais aclamado atualmente nos círculos literários do seu país. Seu trabalho tem sido publicado em Portugal, onde é um dos poetas contemporâneos brasileiros mais conhecidos , na Espanha e na França.
Algumas de suas obras : 1937 — Poemas concebidos sem pecado;
1990 — Gramática expositiva do chão: Poesia quase toda; 1993 — O livro das ignorãças;
1996 — Livro sobre nada;
2000 — Exercícios de ser criança;
2001 — O fazedor de amanhecer; 2004 — Poemas