Manifesto comunista

O texto começa falando da evolução da nossa sociedade, da divisão da sociedade em classes diferentes, e principalmente da sociedade burguesa, mostrando que ela é o produto de um longo percurso de desenvolvimento. Apesar da grande evolução do sistema feudal para o capitalismo, não modificou as condições da população mundial. Continuamos convivendo com a miséria, a desigualdade social, a fome. Falamos de liberdade de escolha, mas o próprio sistema capitalista oprime boa parte da população.

Apesar da burguesia desempenhar ao longo da história um papel revolucionário econômico e político, ela revolucionou também a dignidade pessoal, transformando-a em valor de troca. A exploração encoberta por ilusões religiosas foi substituída pela exploração aberta, direta e brutal. Fez com que o mundo se movimentasse por causa do dinheiro, quase unicamente por isso, deixando muitos valores de lado, para conseguir como resultado um sistema muito mais complexo e que sem muito estudo pode facilmente fugir do nosso controle.

A exploração do mercado mundial tornou as indústrias, as literaturas, e aos poucos muitos costumes nacionais em algo mundial. O que é consumido aqui no Brasil agora também por ser consumido na Oceania; os filmes que os norte-americanos assistem nós Brasileiros também vemos, e comidas Asiáticas já são bastante populares aqui no Brasil. Indústrias nacionais estão ruindo aos poucos. Um tênis para ser produzido hoje em dia passa por vários lugares do mundo, para se conseguir um baixo custo. Força todas as nações a adotar o modo burguês.

A burguesia criou cidades enormes e fez com que boa parte da população mundial migrasse do campo para a cidade. Aglomerou a população, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos.

As revoltas da força produtiva são periódicas, elas são a grande ameaça para a burguesia. Elas criam a epidemia da superprodução. Há demasiada civilização, demasiados meios de subsistência, de indústria e de comércio.