Manifestações

É inegável o papel decisivo que a internet tem exercido no fomento de debates político-sociais e, principalmente, na divulgação de manifestações e ações de protesto, sejam elas nas ruas ou virtuais. Exemplo disso é a polêmica Marcha das Vadias. A marcha teve inicio em Toronto a partir de uma série de estupros que ocorriam em uma universidade da capital canadense. Durante uma palestra sobre prevenção de crimes e segurança pessoal, o policial Michael Otário causou desconforto ao declarar que “se as estudantes parassem de se vestir como vadias, talvez o estupros não acontecessem”.

No dia 3 de abril de 2011, mais de trezentas pessoas saíram às ruas para protestar na então recém-batizada Marcha das Vadias. A ação foi organizada através de um website, onde as estudantes, revoltadas com a declaração machista do policial, expressavam seu anseio de serem ouvidas. A partir daí, a Marcha ganhou fama nas redes sociais e percorreu o mundo. Em menos de um ano, Los Angeles, Chicago, Buenos Aires, Amsterdã, São Paulo e até Campo Grande, entre várias outras cidades ao redor do mundo, já realizaram a Marcha das Vadias.

Seja uma marcha feminista ou a revolta do Egito, é fato que a internet, ao contrário de outras mídias como a TV e o rádio, se relevou um espaço precioso para a disseminação livre de ideias e pensamentos. Dessa forma, não foi surpresa quando o ditador egípcio ADJIADJ ADJIADJ derrubou o acesso à internet do Egito assim que as manifestações estouraram nas ruas de Capital. Hoje se sabe que as primeiras discussões e planos de protestos aconteceram em duas das principais redes sociais: o facebook e o twitter.

O reflexo desse comportamento pode ser visto no Brasil, quando as mais variadas marchas se tornam populares e acontecem em várias capitais brasileiras. Em Campo Grande, o Movimento Explicitus já realizou diversas passeatas contra a corrupção, com a internet sendo um meio essencial para divulgação. O grupo é foi criado por estudantes de segundo e terceiro