Malonowski

O autor tentou definir regras para a prática do trabalho de campo e em simultâneo estabelecer uma base científica, objetiva, para o trabalho de campo de modo a que a prática da investigação etnográfica pudesse ser considerada científica. Essencialmente tentou demonstrar a “objetividade científica” do trabalho de campo.
Este é hoje um texto clássico e sabe-se que o campo ou terreno é um espaço de intersubjetividades entre investigador e investigados. Todavia as suas recomendações não só marcaram uma rutura com o pensamento vigente então, como muitas das suas recomendações se mantêm atuais e continuam por isso referentes da moderna antropologia.

Ponto I
Apresentação do objeto de estudo
Trata-se de um estudo sobre os Trobriandeses da Nova Guiné na
Melanésia. São marinheiros em canoas, artesãos e agricultores, comerciantes. São comerciantes (marítimos) – estabelecem rotas marítimas de longa distância (ligações entre centenas de Km). Estabelecem sistemas de comércio complexos. Kula é o nome desse sistema que malinowski vai estudar. Ponto II
Métodos
A etnografia é atacada por fazer generalizações por atacado, sem informação sobre as experiências que conduziram os autores às conclusões a que chegam.
Dificuldades – na etnografia, o etnógrafo é o seu próprio cronista e historiador; tem fontes acessíveis mas altamente dúbias e complexas; não estão materializadas em documentos fixos e concretos mas sim na memória dos homens vivos. A

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A distância entre o material bruto informativo – tal como se apresenta ao investigador … - e a apresentação final confirmada dos resultados é, frequentemente enorme.

III
Condições do terreno
Isolamento ou má integração ( o “homem branco”, comerciante ou missionário); incompreensão, rejeição, frustração.
Tentativa de observação participante – interessar-se pelas atividades, tentar conhecer, registar,
Dificuldades de comunicação – a língua pidgin-english.
A necessidade de afastamento para a