Mais de 100 quilombolas comemoram o dia da consciência negra em companhia de “Dom Zumbi”

1197 palavras 5 páginas
Mais de 100 quilombolas comemoram o dia da consciência negra em companhia de “Dom Zumbi” de Alberto Banal
A Associação de Apoio às Comunidades Afrodescendentes – AACADE e a Coordenação
Estadual das Comunidades Quilombolas – CECNEQ, com o apoio e a colaboração do MAC
Museu Assis Chateaubriand/UEPB, organizaram um encontro com as comunidades quilombolas da Paraíba para comemorar o dia da consciência negra no dia 20 de novembro de
2012.
O evento aconteceu no MAC-Museu Assis Chateaubriand de Campina Grande onde está em andamento a exposição “Quilombos da Paraíba – a realidade de hoje e os desafios para o futuro”, do fotógrafo italiano Alberto Banal e dos 52 alunos quilombolas do projeto Fotógrafos de rua.
O sucesso foi além do esperado: com efeito, conseguiu-se organizar a vinda de cento e dois quilombolas de oito comunidades. Momento forte foi o encontro dos quilombolas com o
Arcebispo emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires que, vale a pena lembrar, foi o primeiro bispo negro do Brasil.
Mas, vamos seguir a ordem dos fatos, pois que a agenda do dia foi longa e acirrada. Bem cedinho Luis e Francimar, da associação AACADE, foram buscar na comunidade do Grilo, a loçeira dona Lurdes, com sua irmã Paquinha. Chegaram ao museu junto com o carro que estava trazendo os três representantes da comunidade Senhor de Bonfim. Na espera já estavam as jornalistas da União e do Jornal da Paraíba.
“Nem comecei trabalhar que já é pra falar” – afirma dona Lurdes - mas, sem problema nem medo nenhum, se disponibiliza a contar a história sofrida da sua vida. Zezinho, da comunidade
Senhor de Bonfim, ressalta que depois de alcançar a posse da terra, tudo mudou: “Agora sim que é vida! Antes a gente só respirava e comia, quando tinha. O restante era sujeição, trabalho escravo”. Não faz muito tempo, para qualquer quilombola, sem instrução e quase nenhum contato com a sociedade “civil”, era inimaginável enfrentar uma conversa com um estranho, tampouco com um jornalista.

Relacionados

  • O Movimento Negro Em Belo Horizonte 1
    79741 palavras | 319 páginas
  • Coloniza O Consula Para Argumenta O
    24565 palavras | 99 páginas
  • atualidade 1º semestre 2014
    20314 palavras | 82 páginas
  • Dicionrio Da Educao Do Campo
    350055 palavras | 1401 páginas
  • Sociologia Para Jovens Do S Culo XXI Hellip
    244837 palavras | 980 páginas