Maias

Escola Secundária Alcaides de Faria – Barcelos

PORTUGUÊS
FICHA INFORMATIVA

ANO LETIVO
2012/2013
3º PERÍODO
ANO: 11º

1. O tempo:
1.1.Tempo diegético ou da história:
A ação de “Os Maias”, desenrola-se ao longo de todo o século XIX, desde o princípio do século até 1887, abarcando três gerações da mesma família. No entanto, podemos verificar facilmente que há um tempo que é objecto de particular atenção por parte do narrador, de Outubro de 1875 a 1877, ocupando 590 páginas da totalidade da obra (707 páginas, na edição “Livros do
Brasil”).
Apesar de a ação do último capítulo se passar dez anos mais tarde, o epílogo do romance não é mais do que um sublinhar de que, em termos de crónica de costumes, estamos perante uma narrativa aberta.
1.2.Tempo do discurso
A narrativa não se desenvolve de forma linear, como se pode confirmar pelo seguinte esquema (de Jacinto do Prado Coelho):

Chave:
1. Introdução (5 pp.): marco inicial da ação; o Ramalhete; Afonso.
2. Preparação (cerca de 85 pp.):
a. juventude de Afonso;
b. infância de Pedro;
c.juventude, amores e suicídio de Pedro;
d. infância e educação de Carlos;
e. Carlos estudante em Coimbra;
f. primeira viagem de Carlos.
3. Ação (cerca de 590 pp.).
4. Epílogo (cerca de 27 pp.):
a. viagem de Carlos e do Ega (1877-78);
b. cenas da estada de Carlos em Lisboa, dez anos depois (1887).
As setas ascendentes: indicam a cronologia do narrado.
As curvas a tracejado: indicam as analepses

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Nas anacronias, a narração dos acontecimentos ao nível do discurso não apresenta a mesma ordem do tempo diegético, devido a analepses, recuos no tempo com o intuito de dar a conhecer o passado das personagens, de modo a permitir a coerência da história narrada, e, de caracterizar as personagens. N’Os Maias, o principal objetivo da longa analepse inicial é explicar os antecedentes de
Carlos da Maia. Com a primeira analepse da obra, ficamos a conhecer a evolução do Ramalhete, onde Monsenhor Bucanini