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Após os acontecimentos de “O Mistério da Casa Verde”, Arthurzinho cresceu, casou-se com Lúcia e ficou supostamente louco depois de acontecimentos sombrios e misteriosos que resultaram na terrível e trágica morte de sua esposa.
Depois de muito tempo, Arturzinho e Lúcia foram morar próximo à Casa Verde, que agora era um museu e clube, não mais um hospício.
Em um dia qualquer, quando o homem chegava a casa, no sereno da noite, de um dia cansado e arrastado de trabalho, algo muito estranho aconteceria. Ele apertou o passo até a porta da frente, estando em eminência de um forte temporal, talvez iniciado depois de alguns trovões que escutara. Abrindo a porta num movimento rápido e a fechando logo em seguida, encontrou a casa sem nenhuma luz acesa e um silêncio anormal. Caminhou vagarosamente até o quarto, ainda com seu sobretudo úmido, e deixou sua maleta. Saiu do cômodo andando em direção à cozinha quando escutou um ruído a sua esquerda, onde se encontrava o banheiro. Ao ouvir tal ruído, mudou de direção e seguiu pelo corredor. A cada passo, a ‘’Apassionata’’ de Beethoven se tornava mais clara aos seus ouvidos, e abrindo a porta lentamente junto com um dos ápices da música, Arthurzinho se via olhando para a sua esposa dentro de uma banheira (que se encontrava ao lado de uma vitrola), repleta de água misturada com um sangue espesso que fluía dos cortes profundos nos pulsos e no pescoço. Depois de alguns segundos, o desespero veio lentamente até se tornar intenso em sua mente. A música tomou o ambiente, fazendo com que ele apenas escutasse a velha vitrola. Depois de algumas horas, ainda em meio a lágrimas e soluços, Arthurzinho começou a se questionar. Qual foi o motivo desse suicídio? Lembrara, então, que a mulher andava meio doida, falando de maldições e espíritos. Como estava trabalhando muito, não deu tanta atenção a ela, mas agora essa dúvida não parava de martelar em sua cabeça. Estava obcecado. Necessitava de respostas e faria o impossível para consegui-las.