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A Determinação dos Salários
A forma pela qual o pleno emprego é assegurado no sistema clássico merece mais alguns esclarecimentos. Já vimos que a macroeconomia clássica, aliás, como a keynesiana, é estática.
Não leva, a não ser incidentalmente, o fator tempo em consideração. Opera, portanto, dentro de esquema marshalliano de curto prazo, dentro do qual a quantidade de capital, a dimensão e o número das fábricas são fixos. Desta forma, a produção é função do emprego. Ora, se esta relação é verdadeira, a sua contrapartida também o é, de forma que, uma vez que tenhamos Y, teremos o volume de emprego.
Esta, porém, é uma visão incompleta do problema. A determinação do emprego estava relacionada não só com a renda, mas também com o nível de salários. Salários mais elevados significavam melhor nível de emprego e vice-versa. O importante, porém, é que, naquele melhor dos mundos possíveis do sistema clássico, o salário determinado pelas livres forças do mercado seria exatamente aquele que asseguraria pleno emprego.
A teoria dos salários faz parte da microeconomia neoclássica (ou, genericamente, clássica), sendo o principal capítulo de teoria de distribuição. Tem como base o conceito de produtividade marginal ou valor de produto físico marginal. A procura de empregados pelas empresas será função direta da curva de produtividade marginal de cada empresa.
Na concorrência perfeita, a produtividade marginal ou valor do produto físico marginal,
PMg, é igual ao preço, P, da mercadoria, produzida com aquele trabalho, multiplicado pelo produto físico marginal, PFMg, do trabalho.
PMg = PFMg.P (12)
Por produto físico marginal do trabalho entende-se a quantidade física de bens que são produzidos quando se adiciona mais uma unidade de trabalho à produção. Esta quantidade, multiplicada pelo preço da mercadoria, nos dá imediatamente a produtividade marginal.
Podemos também definir a produtividade marginal como a derivada da receita total (ou

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