MACHADO DE ASSIS. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973. – Leitura dos textos críticos: p. 785-801.

1307 palavras 6 páginas
MACHADO DE ASSIS. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973. – Leitura dos textos críticos: p. 785-801.

Machado põe em distinção a política e a literatura, porém estas estão interligadas no passado, ambas são representadas por ele como uma dupla de glória e martírios, ou seja, vitórias e derrotas. Como ocorre na poesia, a política e a literatura também vieram sofrendo influências europeias. O autor diz que isto é um problema, já que interferia na criação de um estilo nacional.
“A política elevando as cabeças eminentes da literatura, e a poesia santificando com suas inspirações atrevidas as vítimas das agitações revolucionárias, é a manifestação eloquente de uma raça heroica que lutava contra a indiferença da época, sob o peso das medidas despóticas de um governo absoluto e bárbaro.”
“A poesia de então tinha um caráter essencialmente europeu. Gonzaga, um dos mais líricos poetas da língua portuguesa, pintava cenas da Arcádia, na frase de Garret, em vez de dar uma cor local às suas liras, em vez de dar um cunho puramente nacional.” [pag. 785] O referido autor expõe a necessidade de uma revolução, uma grande mudança. Era necessário que a literatura e a política adotassem uma vertente própria, uma característica puramente nacional. Vê-se a necessidade de abandonar este estrangeirismo, deixar de lado estes estilos europeus, e criar um estilo próprio, um estilo nacional. Esta mudança ocorreu, porém era preciso que a inteligência fosse adotada e através desta a emulação se tornaria um elemento primordial.
“Uma revolução literária e política fazia-se necessária. O país não podia continuar a viver debaixo daquela dupla escravidão que o podia aniquilar.” “O país emancipou-se. A Europa contemplou de longe esta regeneração política, esta transição súbita da servidão para a liberdade, operada pela vontade de um príncipe e de meia dúzia de homens eminentemente patriotas. Foi uma honrosa conquista que nos deve encher de glória e de orgulho; e é mais que tudo

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