M1U2T5

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M1U2T5
Idéias, concepções e teorias que sustentam a prática de qualquer professor, mesmo quando ele não tem consciência delas*
Quando analisamos a prática pedagógica de qualquer professor, vemos que, por trás de suas ações, há sempre um conjunto de idéias que as orienta. Mesmo quando ele não tem consciência dessas idéias, dessas concepções, dessas teorias, elas estão presentes.
Para compreender a ação do professor é preciso analisá-la com o objetivo de desvelar os seguintes aspectos:
• qual a concepção que o professor tem, e que se expressa em seus atos, do conteúdo que ele

espera que o aluno aprenda;

• qual a concepção que o professor tem, e que se expressa em seus atos, do processo de aprendizagem, isto é, dos caminhos pelos quais a aprendizagem acontece;
• qual a concep çã o que o professor tem, e que se expressa em seus atos, de como deve

ser o ensino.

A teoria empirista — que historicamente é a que mais vem influenciando as representações sobre o que é ensinar, quem é o aluno, como ele aprende e o que e como se deve ensinar — se expressa em um modelo da aprendizagem conhecido como de "estímulo-resposta". Esse modelo define a aprendizagem como "a substituição de respostas erradas por respostas certas".
A hipótese subjacente a essa concepção é a de que o aluno precisa memorizar e fixar informações
— as mais simples e parciais possíveis e que devem ir se acumulando com o tempo. O modelo típico de cartilha está baseado nisso.
As cartilhas trabalham com uma concepção de língua escrita como transcrição da fala: elas supõem a escrita como espelho da língua que se fala. Seus "textos" são construídos com a função de tornar clara (segundo o que elas supõem) essa relação de transcrição. Em geral, são palavras-chave e famílias silábicas, usadas exaustivamente — e aí encontram-se coisas como "o bebê baba na babá", "o boi bebe", "Didi dá o dado a Dedé". A função do material escrito numa cartilha é apenas ajudar o aluno a desentranhar a regra de geração do sistema

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