Lutas aplicadas a educação física escolar
A prática da luta nas aulas de educação física deve ser considerada, pois está inclusa no bloco de conteúdos da disciplina, exposto nos PCN’s:
“Os conteúdos estão organizados em três blocos, que deverão ser desenvolvidos ao longo de todo o ensino fundamental. A distribuição e o desenvolvimento dos conteúdos estão relacionados com o projeto pedagógico de cada escola e a especificidade de cada grupo... assim, não se trata de uma estrutura estática ou inflexível, mas sim de uma forma de organizar o conjunto de conhecimentos abordados, segundo enfoques que podem ser dados: esportes, jogos lutas e ginástica; atividades rítmicas e corporais e conhecimentos sobre o corpo (BRASIL, 1988:67)”.
As lutas sempre se mostraram muito ricas e competentes em alcançar alguns objetivos da educação física na escola, como as experiências motoras, o contato corporal, a elaboração de estratégias de combate, e a troca de informações entre os alunos. Esta prática pode trazer inúmeros benefícios ao usuário, dentre eles destacamos o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social. No aspecto motor, observamos a lateralidade, o controle do tônus muscular, o equilíbrio, a coordenação global, a ideia de tempo e espaço e a noção de corpo. No aspecto cognitivo, as lutas favorecem a percepção, o raciocínio, a formulação de estratégias e a atenção. Ao que se refere ao aspecto afetivo e social, podemos observar em nossos alunos alguns aspectos importantes como a reação a determinadas atitudes, às posturas sociais, a socialização, a perseverança, o respeito e a determinação. Há quem esteja perguntando: ensinar lutas não deixaria as crianças mais violentas? E eu afirmo, com toda a certeza, que quando bem trabalhado o efeito é justamente o oposto. A violência está presente no dia a dia das crianças, nos desenhos animados, nos filmes, nas novelas, musicas, e em alguns livros. Elas assimilam essa