Luta Por Reconhecimento
Mead, através de meios construtivos da psicologia social, deu à teoria hegeliana da “luta por reconhecimento” uma inflexão “materialista”. Também foi possível encontrar em sua obra os equivalentes teóricos, oriundos de uma concepção metafísica e naturalista, para a distinção conceitual de diversas etapas de reconhecimento, e mesmo para a distinção conceitual de diversas etapas de reconhecimento, e mesmo para a afirmação de longo alcance, acerca de uma luta que medeia essas etapas. No entender de Honneth, porém, Hegel faz com que a luta por reconhecimento produza as exigências morais para as quais ele mesmo não sabe indicar formas adequadas de resolução. Tal situação levou o referido autor a buscar em Mead as contribuições necessárias para uma inflexão materialista à ideia hegeliana de luta por reconhecimento. Da apropriação crítica das teorias desses dois autores, Honneth constrói uma tipologia dos padrões de reconhecimento intersubjetivo (amor, direito e solidariedade), na qual baseia sua versão de teoria crítica como teoria do reconhecimento. Para Honneth, Mead coincide com Hegel também na construção de que a relação jurídica de reconhecimento é ainda incompleta, se não puder expressar positivamente as diferenças individuais entre os cidadãos de uma coletividade. Através da psicologia social de Mead foi possível, segundo Honneth, dar à teria hegeliana da luta por reconhecimento uma inflexão materialista e encontrar os equivalentes teóricos para a distinção conceitual de diversas etapas de reconhecimento. Sua teoria também desemboca na distinção de três formas de reconhecimento recíproco, a saber: o amor, o direito e a divisão do trabalho como componentes do conflito moral. A reprodução da vida social se efetua sob o imperativo de um reconhecimento recíproco porque os sujeitos só podem chegar a uma autorrelação prática quando aprendem a se conceber, da perspectiva normativa de seus parceiros de interação, com de seus