Lusiadas
Introdução
Neste trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Português a mando da professora Deolinda Mendes da Escola Secundária Carlos Amarante, vamos analisar dois excertos pertencentes à obra «Os Lusíadas». Esta obra trata da descoberta do caminho marítimo para a Índia, contada por Luís de Camões. Tem vários planos como o da viagem, o mitológico, o histórico e o das considerações do poeta.
As estrofes que iremos analisar pertencem ao canto V e canto VI, mais especificamente da estrofe 92 à 100 do canto V e da estrofe 95 à 99 do canto VI. Ambos os excertos pertencem ao plano das considerações do poeta, o primeiro excerto situa-se depois da chegada a Melinde por parte dos portugueses, já ultrapassados perigos como o Adamastor e o escorbuto, e antes da partida de Melinde rumo a Calecute, enquanto que o segundo excerto se situa depois de uma tempestade e da chegada dos portugueses à Índia e antes do desembarque de Vasco da Gama.
Estrutura externa e interna
Quanto à estrutura externa o nosso excerto situa-se no canto V e VI, estrofes 92 – 100; 95 – 99, respetivamente. O esquema rimático é o mesmo em todas estrofes da obra, ABABABCC, cruzada e emparelhada. As estrofes são oitavas e cada verso é constituído por dez sílabas métricas. Quanto à estrutura interna, situa-se no plano das intervenções do poeta, que pertence à narração, ou seja ao plano das reflexões, criticas, lamentos e exortações. Transmite as posições do poeta face ao mundo, aos outros e a si mesmo.
A reflexão do poeta no Canto V situa-se no discurso de Vasco da Gama ao rei de Melinde, informando-o de como decorrera a viagem até ali, relatando os perigos e dificuldades, como por exemplo o Adamastor e escorbuto e antes da armada abandonar Melinde e prosseguir para a Índia. O nosso excerto do canto VI situa-se depois dos marinheiros vislumbrarem Calecute e de Vaco da Gama agradecer a Deus e antes de a armada lusitana chegar