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Os Nàgó e a Morte: um estudo das fontes

Luiz L. Marins

Os Nàgó e a Morte um estudo das fontes

Luiz L. Marins
17/11/2010

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Os Nàgó e a Morte: um estudo das fontes

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Luiz L. Marins

INTRODUÇÃO

O objetivo deste texto é fazer um demonstrativo das fontes que foram utilizadas no livro Os
Nàgó e a Morte. Mostraremos ao final, a quantidade e o percentual destas destas contribuições no computo geral de todo o corpo de texto.
A etnografia religiosa afro-brasileira, sem dúvida, pode ser classificada como “antes e depois” do livro Os Nàgó e a Morte, de Juana Elbein dos Santos, publicado em 1976 pela editora Vozes, RJ.
O livro é um resumo de sua tese para obtenção do doutorado em etnologia apresentada na
Universidade de Sorbonne, em 1972, traduzido pelo CEAO/UFBA, como consta em sua ficha catalográfica. Claro que houveram bons trabalhos antes e depois dele, não só em língua portuguesa, como em outras línguas, mas ele marcou a passagem, e tornou notória, a diferença entre o pesquisador “desde fora”, que não interpreta, pois não tem o conhecimento iniciático (portanto não faz teologia), e o pesquisador “desde dentro”, que busca interpretar, os símbolos religiosos que vive como iniciado.
Enquanto o primeiro apenas registra o que vê, o segundo interpreta, e na maioria das vezes, reinterpreta, terminando por fazer teologia e influenciar a diáspora. A condição “desde dentro” da autora, é fruto de sua iniciação no candomblé, nos anos 60, no Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador.
Na introdução do livro, a autora deixa claro e transparente o objetivo do seu trabalho, do qual faremos um resumo. (A fala da autora está em fonte diferenciada):
“[...]

Propomo-nos,

no

presente

trabalho,

examinar

e

desenvolver

algumas

interpretações sobre a concepção da morte […] É nos difícil deixar de assinalar as dificuldades inerentes ao estudo, à localização e à seleção do material africano [pois] são fundamentalmente os textos oraculares

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