Loucura pouca é bobagem antropofagia cultural na obra de moraes moreira

SENAI/CETIQT – Bacharelado em Design – Habilitação: MODA
Cultura Brasileira
Prof. José Luiz Dutra e Mello

Loucura Pouca é Bobagem

Antropofagia cultural na obra de Moraes Moreira

Rio de Janeiro, 13 de junho de 2012

Bárbara Macedo
Beatriz Moura
Luiza Ferreira

MODERNISMO

O modernismo brasileiro surgiu no final da segunda década do século XX e pode ser considerado o primeiro movimento cultural em que se propôs a criação de uma arte essencialmente brasileira, ainda que sob a influência de correntes artísticas da vanguarda europeia.

No mundo, o começo do século foi marcado por uma grande mudança política, social e econômica que desencadeou diversas correntes artísticas vanguardistas como o Futurismo, o Cubismo, o Expressionismo, o Dadaísmo e o Surrealismo. No Brasil, os ecos destas manifestações uniram-se a um crescente sentimento de descontentamento com o status quo da arte praticada até então, essencialmente academista, parnasiana e simbolista.

Podemos considerar como precursores do modernismo no Brasil Anita Malfatti, Victor Brecheret e Lasar Segall, que já orientavam seu trabalho para um questionamento da arte tradicional, a necessidade de renovação e a busca por uma identidade nacional, o que demonstraram em exposições ocorridas a partir de 1913 que influenciaram os demais artistas da época.

Também o contexto político-econômico contribuiu para a eclosão do Modernismo brasileiro: o crescimento da economia do país graças à I Guerra Mundial e às exportações de café transformou São Paulo em um rico e efervescente centro urbano que, ao contrário da tradicional sociedade carioca, ansiava pelo novo e pelo moderno. O sentimento nacionalista daquela geração foi ainda reforçado pela proximidade da comemoração do centenário da Independência. Liderado por Di Cavalcanti e Oswald de Andrade, um grupo de intelectuais, pintores, escultores, músicos e arquitetos decidiu organizar a Semana de Arte Moderna em São Paulo, com a finalidade