lojas americanas

GUERRA DE GIGANTES:
O caso Lojas Americanas S.A.
No dia 24 de janeiro de 2007, a empresa Lojas Americanas S.A. comunicou ao mercado que, pelo valor de R$ 186,2 milhões, havia concluído a aquisição de 99,99% das ações da BWU Comércio e Entretenimento S.A., empresa detentora no Brasil do uso da marca BLOCKBUSTER® e das 127 lojas da mesma rede sediadas em território nacional. Com essa operação a empresa “Americanas” cresceu em 54% o número de suas lojas no país e agregou 32 mil m² às suas áreas destinadas à operação do varejo. A quantia citada, que está sujeita a ajustes finais próprios de operações dessa ordem e que são definidos através do Balanço de Fechamento, será paga em 24 de maio de 2007.
Apesar de o negócio fechado envolver a exploração da marca BLOCKBUSTER® pelos próximos 20 anos, a aquisição das lojas foi o elemento propulsor da negociação, já que a rede de comercialização e locação de filmes e “games” é deficitária no Brasil. Além dos 127 pontos-de-venda, situados em locais de alto fluxo de consumidores, e com acesso aos públicos A e B – a empresa “Americanas” visualizou o aproveitamento dessas lojas para o seu modelo Express – também interessava à adquirente a obtenção do cadastro de mais de 330 mil clientes ativos rede de entretenimento. Numa sucinta radiografia das duas organizações, sabe-se que a rede BLOCKBUSTER® operava no Brasil desde 1995, que é a maior cadeia de vídeolocadoras e atuava com um quadro de 1.200 colaboradores. Por sua vez, as Lojas Americanas S.A. formam uma das redes de varejo mais tradicionais do país (com 78 anos de vida), operando um conjunto de 239 lojas nas principais cidades brasileiras de 19 estados do país além do DF (com a aquisição passou a mais de 360 lojas) e contando com centros de distribuição em S.Paulo, Rio de Janeiro e Recife, comercializando mais de 80.000 itens de 4.000 fabricantes distintos.
A operação de varejo físico segue dois modelos: o tradicional, com áreas de vendas médias de 1500 m² e com 50