Lodoviquismo

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Ludoviquismo e Mudancismo em Goiás

Assim como, na memória popular do conjunto dos brasileiros, a fundação de Brasília está associada à imagem política de J. Kubitschek, para os goianos, a criação de Goiânia relaciona-se com a figura de Pedro Ludovico Teixeira. Por mais de 30 anos (entre 1930 e 1964), foi P. Ludovico o grande "cacique" da política goiana. Os estudiosos do assunto costumam considerar o "Ludoviquismo", no Estado de Goiás, mais uma situação de oligarquia no poder, em substituição ao "Bulhonismo", ao "Xavierismo" e ao "Caiadismo", que aí se sucederam na República Velha. (Vasconcellos,1984 e Menezes,1981, p.ex.) Ao nível do simbólico, todavia, se as primeiras são lembradas como imagens do "atraso" a que Goiás estivera fadado, a ação de Pedro Ludovico e o mais que sobreveio à Revolução de 1930 representam o "progresso" deste Estado - econômico, cultural e mesmo político (afinal, ao menos o "jaguncismo", enquanto instituição, desapareceu).
Quanto à cidade de Goiânia, acreditamos que seja bastante difícil encontrar-se, entre os goianos (aí incluída a autora deste trabalho), alguém que não se orgulhe da jovem Capital do seu Estado - excetuados desta regra os vilaboenses, naturalmente. Reside aí, por certo, em grande parte, a origem da auréola mítica de que se dotou a figura de Pedro Ludovico, muito embora seja ele também conhecido pelo caráter excepcionalmente autoritário de sua liderança. (Ver depoimentos em Queiroz,1990, p. ex.)

Pedro Ludovico Teixeira - o "Doutor Pedro", como é conhecido entre os goianos, mesmo ainda hoje -, naquele relatório, lança também mão, em reforço à sua tese "mudancista", ali longamente defendida, de diagnóstico acerca das condições sanitárias da cidade de Goiás produzido já no final do século, pelo então presidente da Província, Rodolfo Gustavo da Paixão - apresentado em sua mensagem de 1891 à Assembléia Estadual. Conforme o Presidente, o estado sanitário desta cidade estava a exigir, naquela ocasião, enérgicas

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