Lobato x Malfatti

Lobato cita em “Paranóia ou mistificação” uma critica feroz onde ataca a arte moderna, tentando rebaixar seu valor: Ele cita “Sejamos sinceros: futurismo, cubismo, impressionismo e “tutti quanti”, não passam de outros tantos ramos da arte caricatural. Esse ataque devido é à filiação artística da pintora apesar de ressaltar sua capacidade. Mas Lobato reconhece que Malfatti possui um talento vigoroso, fora do comum, através de uma obra torcida para uma má direção. Alem de mencionar a má direção, faz menção a uma experiência em que um quadro moderno parecido aos pintados por artistas modernos poderia ser pintado pelo rabo de um cavalo qualquer, os desqualificando. Com isso Anita Malfatti sofre um impacto forte, tento dificuldade em manter seu estilo pictórico após esse acontecimento. Uma atitude típica de quem esta permeado pelo preconceito para com as artes plásticas que exibem o figurativismo de forma não ortodoxa ou que pendem para o abstracionismo.
Talvez Lobato não a tivesse a criticado com tanta dureza se não tivesse a frustração ou em outras palavras “inveja” de não conseguir ter se tornado pintor, provavelmente.
Devido a sua maior paixão pelos cânones acadêmicos, ele ataca não como vanguarda, mas como conservador. Diz que estes artistas: “veem anormalmente a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva.”. Ou seja, a visão dos modernos para Lobato seria anormal e mais, a evocação ao anormal lembra a cesura imposta aos loucos na idade clássica. Monteiro Lobato afirma que todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude. Pode-se entender que, de acordo com o escritor, a arte não é passível de mudanças, inovações. Tal afirmação pode ser contestada se analisarmos a história da arte, e então percebermos que a arte está sempre em processo de transição e mudanças, algumas radicais, e o que