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1422 palavras 6 páginas
çsjfsfçjçCom a decifração do linear B micênico, a data dos primeiros textos gregos aprofundou a perspectiva cronológica e modificou todo o quadro em que se coloca o problema das origens do pensamento helênico. O mundo grego, aparenta-se em muitos traços aos reinos do Oriente Próximo que lhe são contemporâneos. Um mesmo tipo de organização social, um gênero de vida análogo, uma humanidade vizinha se revelam em seus escritos. Na leitura de Homero, se apresenta uma outra sociedade, um mundo humano já diferente que se descobrem na Ilíada.
A religião e a mitologia da Grécia clássica arraigam-se muito diretamente, mas em outros domínios a ruptura parece profunda. No século XII, o poder micênico desaba sob o ímpeto das tribos dóricas que irrompem na Grécia continental, e não é um tipo de realeza que se encontra pra sempre destruída, toda uma forma de vida social, que é definitivamente abolida. A derrocada do sistema micênico ultrapassa largamente o domínio da história político e social. Ela repercute no próprio homem grego e modifica seu universo espiritual, transforma algumas de suas atitudes psicológicas. O desaparecimento do Rei pode, então, preparar uma dupla e solidária inovação: a instituição da Cidade, o nascimento de um pensamento racional. Quando pelos fins da época geométrica (900-750), os gregos prosseguem na Europa e as relações interrompidas durante vários séculos com o Oriente, quando redescobrem, com as civilizações que se mantiveram no local, alguns aspectos de seu próprio passado na Idade do bronze, não tomam, como o tinham feito os micênicos, o rumo da imitação e da assimilação. Em plena renovação orientalizante, o Helenismo afirma-se em face da Ásia, e pelo contato novamente com o Oriente, tomasse consciência de si próprio. A Grécia se reconhece em um tipo de reflexão que definem sua originalidade, sua superioridade sobre o mundo bárbaro: no lugar do Rei cuja onipotência se exerce sem limite, a vida política grega pretende ser o objeto de um debate

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