Livro-medicalização da vida

MACIEL, E. L. N. Doenças negligenciadas: nova agenda para velhas doenças. In: CAPONI, S. et al (Org.). Medicalização da vida: ética, saúde pública e indústria farmacêutica. Santa Catarina: Ed. Unisul, 2010.

O livro medicalização da vida trás uma reflexão sobre as pesquisas científicas em torno de doenças negligenciadas, doenças emergentes e reemergentes.

Mostrando então que as indústrias farmacêuticas tiveram e tem um papel extremamente significativo para a melhoria dessas doenças, porém nota-se que a indústria farmacêutica principalmente nos dias atuais, tem focado suas pesquisas para a população com renda superior.

Essas indústrias estão cada vez mais desenvolvendo melhorias para medicamentos como cosméticos, pois a busca por melhoras na aparência é crescente nessa classe social, isso gera lucro para o capital. Não se pode dizer também que a fabricação de medicamentos para outros fins não são realizados, pois é, porém a escala para a primeira é maior, se ganha com estes muito mais benefícios industriais.

As doenças negligenciadas mencionadas no texto são dengue, tuberculose, doença de chagas e Leishmaniose. E essas doenças prevalecem em populações com condições socioeconômicas inferiores. Outras doenças abordadas são as emergentes e as reemergentes, onde a primeira são aquelas desconhecidas perante a sociedade geral e a segunda são aquelas que já foram descobertas, contudo as duas categorias continuam proliferando atingindo populações carentes, já que como foi dito, não há lucro para as indústrias ao investirem em medicamentos que atingem tal população.
Tendo em vista esses fatores alarmantes na sociedade, no Brasil foram criados grupos que realizam pesquisas sobre doenças negligenciadas, como a Rede Brasileira de Pesquisa em tuberculose, juntamente com esses grupos, o Sistema Único de Saúde (SUS) também tornou-se responsável pela melhora dessas pesquisas.

O sistema de saúde que temos no Brasil, o SUS, só chegou onde está devido à luta de