Livro de IED

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ABSOLUTISMO
Dois são os sentidos principais deste termo no âmbito filosófico prático. O talvez menos usual é o da designação de uma posição no campo moral, em certo sentido diametralmente oposta à do relativismo, que é por alguns assimilada ao objectivismo, e que também se pode apelidar de absolutismo ético. Devido à estrita conotação que a prende ao conceito de relativismo, com ele se imbricando, remetemos o seu tratamento para a entrada desse conceito e da atitude filosófica correspondente. O outro sentido a relevar pertence ao foro da filosofia política. É dele que agora iremos tratar.
Se o absolutismo tem um carácter definitivamente histórico, havendo há muito deixado de ser uma forma de governo praticada, os problemas que coloca mantêm toda a actualidade. Além do mais, ele acaba por estar entrelaçado de modo inalienável com outros conceitos fundamentais da filosofia política, como poder, autoridade, razão de estado e soberania. O problema básico do absolutismo concerne os limites do poder, formulando-se a respeito do monarca soberano e, sobretudo, da sua relação com a lei. Como conceber a imposição de restrições e confins ao poder máximo? A entidade legisladora estará acima da lei ou a esta se deverá submeter?
Na realidade, há registo de casos de exercício ilimitado (ou tendencialmente ilimitado, pelo menos) do poder na história antes do aparecimento do chamado absolutismo, e, de certo modo, também após o período histórico em que este existiu e foi mesmo a norma no Ocidente. Todavia, em rigor, tais práticas não se devem apelidar propriamente de absolutistas, convindo distinguir o absolutismo de outras formas de exercício autocrático do poder. O absolutismo trata-se, à partida, de um sistema político que vigorou em muitos países da Europa do final do século XVI até ao início do século XIX, coincidindo, pois, em grande medida, com o advento e a imposição do Estado moderno, e cujo fulcro era o poder centralizado supremo e
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