Livro De Historia Da Arte
A produção de açúcar de cana foi a mais forte razão para a ocupação do brasil, recém descoberto. Decerta forma, frustrados por não terem nele encontrados metais preciosos a exemplo daqueles descobertos pelos incas, maias e astecas, dos quais os espanhóis se apropriaram, os portugueses decidiram produzir em terras brasileiras o açúcar, então considerado uma especiaria que alcançava altos preços no mercado europeu. A região nordestina do brasil foi a que se revelou mais propícia para cultura de cana de açúcar, combinado a natureza do seu solo com proximidade do mercado consumidor, a Europa.
Somente depois da descoberta do ouro nas Minas Gerais, em fins do século XVII, e que se inaugura uma política de produção sistemática do interior da Colônia.
A arquitetura do açúcar pode ser entendida como a dos edifícios que compunham, as unidades produtivas, a saber, os engenhos até o século XIX, e as usinas, a partir de fim desse mesmo século. Pode também, ser entendida, como arquitetura das cidades que se fundaram no Nordeste e dos edifícios que ali foram construídos com os lucros auferidos pela produção e comercialização do açúcar. Neste caso estão as igrejas e os conventos, - construídos com suas rendas (das) próprias (ordens) e com donativos dos senhores do engenho, em troca de privilégios religiosos – e os solares para residência desses senhores nas cidades.
Para analise dessa arquitetura que se desenvolveu no Nordeste Brasileiro, cuja a ocupação se deveu, fundamentalmente, a cultura da cana e a produção de açúcar, a coleção de imagens holandesa construí - se em um valioso auxílio. Embora não se possa confiar integralmente no seu valor documental, algumas gravuras holandesas do século XVII, concluídas na Europa, tem representações padronizadas, e nelas alguns edifícios religiosos e civis, que tiram existido no Brasil, são representados por tipos arquitetônicos que, com certeza, não foram construídos na Colônia e como tais, não retratam a realidade. A