Literatura Lusófonas
A obra além de apresentar a questão geográfica, cultural e histárica, ela detêm-se a questão política muito presente no romance, observado em alguns comentários da obra, ela conta o real e o imaginário fazendo com que o leitor desperte a curiosidade e ao mesmo tempo a reflexão de trazer para a realidade os fatos e acontecimentos inusitados,nos leve a crer que os episódios dentro do desenvolvimento com os personagens,sejam real ou fictícos...acontecem ou não...
Joana Carda – risca o chão com uma vara de negrilho e o traçado jamais desaparece;
José Anaiço – é subitamente seguido por um bando de estorminhos por onde quer que vá;
Joaquim Sassa – em uma praia, lança uma pesada pedra ao mar que, contrariando as leis da física, continua pulando sobre a água;
Pedro Orce – sente subitamente o solo tremer em seus pés, tremor continuo que até os aparelhos mais sofisticados sejam incapaz de registrar;
Maria Guavaira – mulher viúva, solitária, para ocupar seu tempo, começa a desfazer uma meia, desfiando a lã que não cessa o seu desenrolar;
O Cão – o único testemunho no aparecimento de uma fenda sob suas patas.
A história nos remete a fatos mágicos... aparentemente sem sentido e que envolvem um conjunto de cinco pessoas dos dois países, nesta condição de vinculação dos fatos, faz com que estas pessoas, procurem-se e encontre-se , o que ocorre em um determinado momento da obra.
Ao longo desta viagem, vamos apreciar um conjunto de paixões, intrigas, lendas, histórias, expectativas, enfim, representação dos dois países, definindo um rumo em conjunto, apesar de precário e incerto.