Literatura Brasileira no Século 16

Literatura Brasileira no Século 16 Até meados do século XVI o Brasil passava pelo processo de descobrimento e colonização e não havia, até então, nenhum vestígio de literatura ou movimentos literários. Nesta época os portugueses experiênciavam uma literatura renascentista inspirada na antiguidade clássica e que buscava explanar o valor do homem. É fato que há certa discórdia sobre a definição do que é literatura portuguesa e o que é literatura autenticamente brasileira neste período. Esta discórdia acontece, também, pelas interpretações do conceito de literatura. De acordo com alguns especialistas, as cartas descritivas dos primeiros europeus a pisarem em território brasileiro, não passam de crônicas históricas, —embora Portugal examinasse a ‘literatura de viagens’ como categoria literária— por serem informativas não se inserem em nenhuma categoria literária. Há outros que tratam como literatura ocorrida no Brasil, ligada ao Brasil, mas que manifesta a visão, as ambições e as intenções do europeu mercantilista em busca de novas terras e riquezas. Durante o século XVI a literatura portuguesa se espelhava nos clássicos: Virgílio, Homero; no Brasil não havia muitas pessoas que soubessem ler. Esta primeira organização da literatura em solo brasileiro é denominada Quinhentismo, onde incluímos, primeiramente, os escritos dos viajantes, missionários e colonizadores que descreviam nossa terra. As obras não tinham nenhuma intenção artística e eram, em sua maioria, exclusivamente documental. Pero Vaz de Caminha foi o primeiro a descrever a nova terra. Além das características da terra física, também descreveu os costumes dos seus habitantes, como vemos na sua primeira carta a D. Manoel I. Caminha descreve:
[...] Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao longo do mar em algumas