Linguística Aplicada

772 palavras 4 páginas
Jogo novo, regra antiga

O ensino do idioma materno em nosso país, tudo indica, anda problemático. Passa não só pela impotência comunicativa que o próprio sistema de ensino produz com a sua vigilância que pretende disciplinar, como também pela falta de vontades de fazer a “coisa” acontecer. Verdade seja dita já nessas primeiras linhas para que não precisemos nas próximas vender gato por lebre, ou nos escondermos sob a pele do cordeiro para fazer com que professores entendam que o jogo é novo, mas as regras com que eles jogam são ainda as antigas.
Em 1996, os PCN Língua Portuguesa já preconizavam para o ensino da língua materna uma abordagem que desenvolvesse as competências comunicativo-operacionais dos alunos. Para que se alcancem tais competências, a visão de língua utilizada deve ser a da língua em uso, primando pela reflexão ao com ela interagir. Consequentemente, convém tirar o forte acento dado à gramática normativa em sala de aula, passando-se a pensar o conhecimento linguístico do aluno de forma estratégica através da gramática subjacente ao texto, por exemplo.
Em 2014, no entanto, ainda temos notícia de professores que primam pelo uso da gramática normativa. Com ela, veiculam concepções de certo e de errado para o falar, sem admitir a gritante existência da variação linguística. Mais ainda, ignoram uma gama de pesquisadores a demonstrar e sustentar os avanços conquistados no ensino da língua materna, como é o caso mesmo das competências comunicativas. No livro Aula de português: encontro e interação, a professora Irandé Antunes (2003) irá chamar a atenção para a complexidade do ensino do idioma materno na educação básica. Reiterando a necessidade de repensar o porquê de ensinar a língua materna na escola, a autora entende que um dos objetivos desse ensino é justamente ampliar a competência comunicativa do aluno. Da mesma forma que Antunes (2003), pensa Travaglia (1996). Ao afirmar ser a competência comunicativa o objetivo-mor do ensino da língua

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