Linguagem
CHARTIER, Roger. A morte ou transfiguração do leitor?.In:____. Os desafios da escrita. São Paulo: Editora UNESP, 2002. p.101-123.
Afirma-se que o desaparecimento do leitor e a crise no setor editorial são devido às novas transformações das práticas de leituras, que tomaram rumos diferentes, fazendo nascer outro tipo de leitor e tendo que o autor se adaptar à nova submissão. Chartier apresenta um quadro pessimista e testifica a falta de leitura na última década de século XX. Pesquisas realizadas na França apontaram uma diminuição significativa dos “grandes leitores” em cada faixa etária, isso deve-se a grande quantidade em massa de fotocópia utilizadas em cursos ou a trabalhos dirigidos para a circulação de anotações de aulas por parte dos estudantes, levando as baixas vendas de livros. O leitor esta se tornando telespectador da televisão, do cinema e da comunicação eletrônica. Aqui nos leva a refletir sobre essa problemática, com uso da tela em lugar de páginas, a nova situação propõe um novo suporte para a cultura escrita e uma nova forma para o livro. Daí tem-se o que antes era codex, depois imprensa e, atualmente, “morte do leitor”. Portanto, pode-se dizer que a nova geração está substituindo o codex impresso pelo livro eletrônico, sendo que os dois publicados os rumos de leituras será diferente. Primeiro, que o livro em se o leitor irá procurar a editora para ler outros textos sobre aquele autor que lhe chamou atenção e isso leva um tempo. Segundo, que o livro eletrônico ele pode fazer uma leitura não linear, navegando em links de pesquisa como imagens, arquivos dentre outros, assim, abrindo um leque de informações rápidas e precisas. A revolução do texto eletrônico é, de fato, ao mesmo tempo, uma revolução da técnica de produção dos textos, uma revolução do suporte do escrito e uma revolução das práticas de leituras. Aqui ele faz menção às novas escrituras de textos, textos esses que serão para um público que mudou sua maneira de ler culturalmente