LINGUAGEM BRAS.SINAIS

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ACEITAÇÃO DA CRIANÇA SURDA
O processo de socialização do FO é conflitivo desde seu início. O nascimento de uma criança surda supõe o largo processo de estabelecimento de um diagnóstico correto de surdez e um processo ainda mais prolongado para que os pais elaborem sua frustração e comecem a aceitar a identidade surda de seu filho. Ambos os processos são extremamente complexos e não comprometem exclusivamente seus pais, mas também os especialistas que vão construir com eles uma determinada imagem social do que é a surdez e do que é a criança surda. Em muitos casos, temos observado que existe um verdadeiro traslado de responsabilidades dos pais para os especialistas. Alguns pais esperam um milagre, e às possibilidades de “cura”, criando um conflito em sua relação com os técnicos e terapeutas médicos, que se colocam em uma encruzilhada: alentar as expectativas de cura ou desalentálas.Em uma sociedade em que vivemos, sobretudo, nos setores socioeconômicos inferiores, o diagnóstico é tardio e a atitude dos pais ante ele pode produzir o resultado de um desinteresse prático pela criança. Em alguns áreas da sociedade este diagnóstico não se estabelece, muitas vezes, antes de 4 ou 5 anos.
As formas de conduta que os pais adotam no lar durante estes períodos derivam de sua conflitiva interação com os técnicos ou terapeutas, aqueles que integram as equipes interdisciplinares como psicólogos e assistentes sociais. Pelo menos, na maioria dos países sul-americanos, os pais dos setores socioculturais mais carentes recebem orientação técnica fundamentalmente de médicos, fonoaudiólogos, terapeutas da fala, ou professores especializados em surdos, de orientação oralista. Mediante alguns dados no texto que é de referência, nos primeiros anos de vida, a criança surda não tem acesso à comunidade através de uma língua, a não ser no caso em que seja objeto de uma terapia muito precoce de fala.
Sua relação com os pais se estabelece mediante mecanismos não verbais de

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