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ARGUMENTAÇÃO A argumentação surgiu em 427 a.C., na Grécia Antiga. Era denominada Retórica. Argumentar é a arte de convencer e persuadir. ( Persuadir+Argumentar=Convencer). A argumentação tem como objetivo levar um indivíduo ou grupo a aderir a determinada tese (defendida pelo argumentador, por motivo de familiarização ou até mesmo por próprio capricho). O texto argumentativo deve possuir uma clareza na transmissão de idéias (concisão), podendo tratar de temas, situações ou assuntos variados. A argumentação não age sobre evidências. O que é evidente não necessita nem de demonstração nem de apresentação de argumentos a favor ou contra. A argumentação não pode ser a afirmação da verdade, porque todo o verdadeiro diálogo nunca esgota a possibilidade de investigação da verdade. Na crítica pós-estruturalista, assume-se que toda a leitura de um texto é impossível de ser definitiva e que o sentido de um texto jamais pode ser determinado ou fixo. Da mesma forma, a argumentação não pode partir do pressuposto de que uma conclusão retórica seja, por definição, a conquista de uma verdade universal. Argumentar é procurar coerência onde existe dúvida, é descortinar sentido num paradoxo, mas também pode ser dar sentido a uma absurdidade ou a uma contradição. Nisto se distingue do dogmatismo, pois não parte para a discussão com a certeza de verdades de fato e de razão. No discurso argumentativo, não se pode assumir que uma verdade, seja contingente ou necessária, jamais possua um oposto. A anulação do oposto de uma verdade pressupõe a anulação da própria potencialidade da argumentação. Mas para que seja convincente, a argumentação precisa de um elevado grau de credibilidade. Tal é inexeqüível no discurso dogmático, onde apenas prevalecem as verdades ditas universais e impossíveis de contrariar. A argumentação é, por definição necessária, sobretudo contestação. Se nada houver para contestar num texto, nada fica para argumentar. Hoje, todos os quadrantes da

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