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UNIDADE 1 - ESCOLARIZAÇÃO DOS SURDOS: MARCOS HISTÓRICOS E ABORDAGENS EDUCACIONAIS

Para entendermos a função da língua de sinais na vida do surdo e na sua escolarização, é preciso conhecer esse sujeito, a história da educação do surdo no Brasil e os princípios que fundamentam as abordagens educacionais que orientaram a educação desses alunos ao longo da história que são: oralísmo, comunicação total e o bilinguismo.
Na história da educação dos surdos, houve o predomínio do oralísmo.
O oralísmo é uma abordagem que visa a integração da criança surda com a comunidade ouvinte, enfatizando a língua oral do país.
O objetivo é fazer a reabilitação da criança surda em direção a normalidade, negando dessa maneira a surdez e enfatizando, predominantemente a aquisição da fala. Vê o surdo como um ouvinte com defeito e entende que a aquisição da oralidade representa a possibilidade de igualar os surdos aos ouvintes.
Por influência do oralísmo, os alunos foram proibidos de utilizar os sinais nos contextos escolares e nos núcleos familiares.
Apesar dos estudos mostrarem os resultados insatisfatórios do oralísmo, ele ainda permanece orientando parte das intervenções educacionais voltados para o aluno surdo.
Mas como o objetivo maior do oralísmo é ensinar o surdo falar, e não foi realizado satisfatoriamente essa abordagem começou a ser questionada na década de 70 e 80 no Brasil e nos Estados Unidos, contribuindo assim para o surgimento da comunicação total.
A comunicação total é uma filosofia de trabalho voltada ao atendimento e à educação de pessoas surdas. Diferentemente do oralísmo, a comunicação total entende o surdo como uma pessoa, e não como alguém portador de uma patologia médica; e a surdez como um fenômeno com significações sociais.
A comunicação total, como o próprio nome indica, não exclui técnicas e recursos para estimulação auditiva; adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual; leitura labial; oralização; leitura e escrita. Pelo contrário, prega