Letras

Marxismo e Filosofia da Linguagem.

Tudo aquilo que é ideológico, é um signo, pois, sem o signo seria impossível idealizar algo para que se materialize como um referente. A exemplo disso temos a foice e o martelo utilizado como emblema na bandeira na União Soviética, que possuem um peso ideológico representado pela força dos trabalhadores rurais e industriais em sua politica. Todos os produtos de consumo podem adquirir o poder de se transformar em um signo ideológico, como representações de poder, religião, politica, entre vários outros. Um exemplo simples de se compreender isso, é o pão e o vinho, produtos de consumo que propriamente se tornam símbolos (signos ideológicos), de religião, representando corpo e alma de Cristo. Todo signo fica a disposição de uma avalição para ver se é falso, verdadeiro, correto, justificado, etc.

“Tudo que é ideológico possui um valor semiótico” (Mikhail Bakhtin, Marxismo e Filosofia da Linguagem, Editora Hucitec, São Paulo, 1997, p.32).

Tudo aquilo que funciona como signo ideológico tem por consequência adquirir uma encarnação material, seja ela como massa física palpável, como o som, a cor ou até mesmo com o movimento do corpo.

“Um signo é um fenômeno do mundo exterior” (Mikhail Bakhtin, Marxismo e Filosofia da Linguagem, Editora Hucitec, São Paulo, 1997, p.33).

Todas suas reações tomam proporção do mundo exterior, seja ela por ação, reação ou consequência. A consciência só pode surgir e se afirmar como realidade, a partir do momento em que o signo toma como algum ponto de referencia a encarnação material, seja ela como produto de consumo, objeto, cor, som ou movimento corporal. Para se compreender um signo tomamos como ponto de partida um exemplo bem simples, um signo se refere sempre a outro, desse modo à dissociação se torna bem mais prática, e dessa forma facilita-se a criação de novos símbolos, consequentemente levando a novos pensamentos ideológicos. “Não basta colocar face a face dois homo