Letra do Monte Castelo Renato Russo
Curso: Letras- Português 2° ano
Disciplina: Teoria da Literatura
Prof°: Dr° Moacir
Análise comparativo entre Monte Castelo e Soneto II Considerando o texto nosso objeto de estudo, é importante defini-lo para compreender os mecanismos utilizados para análise. Um texto pode ser analisado de duas formas diferentes: considerando a sua organização interna e estrutural ou considerando o seu contexto sócio-histórico. Em outras palavras, o texto pode ser definido como um objeto de significação, já que sua organização interna produz sentidos ou, ainda, pode estabelecer relações com os demais objetos culturais por estar inserido em uma sociedade, sendo definido como um objeto de comunicação. No entanto, um texto não existe por si só, ele cumpre uma função social, histórica e/ou literária a partir do momento que alguém o lê. Sua construção é feita por relações de interdependências: forma e conteúdo, leitor e texto, contexto de produção e contexto de recepção, palavras e sentidos, etc. A partir dos anos 90 há uma grande mudança trazida pelo sóciocognitivismo e pelo interacionismo bakhtiniano que consideram o texto um lugar de constituição e interação de sujeitos sociais. Desta forma, o texto é visto como um objeto heterogêneo construído por relações internas e externas (elementos históricos, sociais e culturais). Segundo Bakhtin “O texto só ganha vida em contato com outro texto (com contexto)”.
Intertextualidade e interdiscursividade A intertextualidade é inerente à produção humana visto que o texto é um objeto cultural representado na sociedade por meio de filmes, músicas, anúncios, poemas, romances, entre outros meios. Desta forma, podemos considerar a relação entre os textos responsável pela reprodução e/ou formação do sentido no processo de produção e recepção textual. O homem sempre se refere a algo que já foi dito ou feito no processo de produção simbólica. Falar em autonomia de um texto é,