Leitura E Escrita

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS
Componente Curricular: Leitura e Escrita: Teorias Sócio – Cognitivas

1. Em primeiro momento, a escrita foi considerada como tradução da fala. Gutschinsky associa uma pessoa alfabetizada a uma pessoa que compreende um texto escrito da mesma forma que compreenderia o mesmo texto sendo ele oral. Porém, alguns estudos concluíram que a escrita e a fala não se substituem, mas se completam.
Hunt, em seus estudos, defende a ideia de que quanto maior for a habilidade sintática do sujeito, maior é sua capacidade de produzir bons escritos (mas não afirma que uma boa escrita se resume apenas à uma boa organização sintática).
Estudos retóricos contribuíram para a construção do conceito de escrita dizendo que o ato de escrever está relacionado ao de convencer o leitor, ou seja, uma boa escrita não se caracteriza apenas por apresentar clareza, mas por apresentar formas coerentes de influenciar o leitor a acreditar naquilo que está escrito.

2. O ato de falar é de grande importância para o aprendizado da língua escrita, nem sempre a escrita consegue preencher a função da fala, planejamos o que queremos dizer para poder executar e só assim prosseguir para o texto. Em seus estudos, Hunt não teve a pretensão de atribuir toda responsabilidade ao ato de escrever, mas sim desenvolver as habilidades sintáticas do escritor. Pois quem fala bem, consequentemente escreve bem.
3. O modelo de Flower e Hayes para a escritura explica de forma complexa os vários processos que cercam o ato de escrever. Processos estes que são constituídos por seis componentes: geração, organização, estabelecimento de metas, tradução, revisão e monitor.
O autor considera o modelo de Flower e Hayes como um possibilitador de reflexões sobre a escrita e discorda de algumas ideias, dizendo que os autores do modelo não levaram em consideração que o processo de “geração” não acontece somente no primeiro estágio da produção da escrita, pois o