Leitura de obra

Ao ler o prólogo da obra em estudo (“A aventura do livro: do leitor ao navegador.”) nota-se que o enfoque se dá especialmente nas formas de escritas, desde os primórdios feitos a mão, ao prensado, impresso até atingir os livros virtuais. Inicia-se o texto com uma frase que resume bem o seu conteúdo, onde se diz que a dita revolução do livro eletrônico é apenas mais uma revolução, dentre outras que já ocorreram, no caminho da história do livro.
Em outras palavras, a obra de Chartier aborda a evolução da escrita e dos seus leitores, dentro de três grandes revoluções, desde seu início manuscrito até os dias atuais em formatos eletrônicos. O autor não se prende as formas mais antigas de escritas, ele também aborda de maneira bastante cordial os novos métodos utilizados para escrever. Ele, diferentemente de uma maioria de pessoas, é contrario a ideia de que o avanço tecnológico irá acabar com o livro impresso. Outro ponto importante na obra é que a evolução do livro digital é de grande destaque e é mostrada como uma inovada maneira de ler, porém, o principal foco do livro é a enorme abrangência que os textos em geral trazem em si.
O autor também demonstra as diferenças de perspectivas que se obtém de um leitor para outro, mesmo depois de séculos, ainda se preserva a singularidade de cada leitor e as diversas interpretações que cada texto pode ter. As formas de acesso aos livros e as mudanças nos leitores também são abordadas de forma bem prática, mostrando que os leitores de pergaminhos, percorreram um grande caminho para chegar até aos leitores navegadores.
De modo geral Chartier aborda temas, não apenas de interesse profissional, mas também de um público em geral, de diferentes idades e áreas de conhecimentos, mostram-se os aspectos positivos e negativos da mudança eletrônica. Contudo, é possível notar também, a ideia que o autor defende de que, por mais que existam todas essas mudanças e (re) evoluções, o livro jamais será extinto. Um fato interessante