laura e melo

629 palavras 3 páginas
O texto de Laura de Melo e Souza não é um dos mais simplórios, sua argumentação bastante abrangente nos leva a tecer muito bem uma conjuntura histórica. Das viagens imaginárias as viagens reais, através de relatos de outros historiadores e materiais escritos na época Laura nos traz a uma abordagem de como o europeu não soube distinguir na descoberta da América a diferença do que se passava em sua mente e o que era real. As lendas, fantasias em torno do Atlântico foram tantas que permearam a cabeça do europeu. A fascinação do Índico foi traspassada para o oceano das tempestades, dos temores dos marinheiros o Atlântico. A descoberta do pau-brasil com sua cor avermelhada fez nascer um Brasil com a estigma do demônio, sabendo que a cor se relacionava com o mal. Muitos dos atos durante as navegações estavam ligados ao miraculoso e sobrenatural. Não se pode negar que as expedições marítimas tiveram forte influência do imaginário europeu.
Descoberto Brasil ocupara no imaginário português a posição anterior de terras longínquas e misteriosas, conforme passara os estágios de colonização sua aparência com Portugal cada vez mais se solidificou. O mito do Paraíso terrestre triunfou ante ao indígena, ao escravo africano, a feitiçaria, ao canibalismo, imensas chuvas, insentos, calor intenso. Os primeiros escritos em relação ao Brasil revelam as terras como sendo um paraíso, enaltecendo a natureza, uma edenização. Por volta do século XVIII houve um processo de detração, escritos de difamação da terra, dos aspectos negativos do clima, dos bichos tanto quanto foram açoitados pelas palavras. Conquista do novo mundo esteve todo tempo entrelaçada com a fé. A dilatação da fé, colonização e fortalecimento do império sempre aparecem associados. Cabia ao colono descobrir riquezas da terra e ainda enriquecer os céus com almas. Muitas descobertas eram referendadas pela ação divina, como também as atrocidades eram justificadas através da salvação a povos sem Deus,

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