Laudas Compassivas

A Força do Nardo

“Tomou Maria então uma libra de bálsamo, feito de nardo puro de grande preço, e ungiu os pés de Jesus e lhe enxugou os pés com os seus cabelos: e ficou cheia toda a casa do cheiro do bálsamo.”
João 12:3

A passagem do nardo, essência rara e muito conhecida nos oferece várias facetas a serem analisadas, porém o lado humano-divinal é que nos importa focar e descortinar o encoberto. Aquele era um dia especial, luzes jorravam em profusão em todas as direções, e onde encontrava disposição operava claridades luminescentes, as quais vão relatadas pelos apóstolos do Cristo e seguidores em seus escritos. Quanto alvoroço, uma mulher! Não se tratava de suspeitas ao seu caráter e respeito. Era mulher o que a muitos bastava para o demérito, era reconhecida pela exuberante capacidade de servir e gerir o lar; de traços delicados e coração resignado, sempre pronta estava para atender o que lhe fosse possível.
Eleitos foram os que prestaram docemente os ouvidos e o seguiram, mesmo diante de sanções vindouras, as imorredouras claridades promanadas do Cristo, jamais esfriariam ou esvairiam daqueles que experimentaram sua paz e seu convívio.
O Cristo não operou milagres, ele operou vidas, cada encontro, cada olhar, cada toque que por mais sutil que fosse ou embrutecido, O Grande Verbo, convertia em amor, revelando a destinação e verdadeira realeza do ser humano como ser divino, partindo de um princípio simples até a complexidade cósmica, que a bem de todos nós parte da interpenetração dos seus reinos que são incontáveis, se considerarmos a vida em toda sua extensão ampliando nossa visão dentro do micro e macro cosmo, sairemos da abstração que nos escraviza a mente, tornando-se fácil a compreensão das verdades trabalhadas pelo Cristo na universidade da alma.
Aquela mulher, que tinha com o Mestre, para adentrar sem reservas o recinto e lançar-se as seus pés? E a cara essência tomada por alguns como insulto, afinal, se pregava a simplicidade e o