LARA CS
Durkheim aborda o tema educação a partir da ideia de que ela existe para satisfazer necessidades sociais, em que gerações passadas reproduzem valores e costumes para produzir a socialização metódica das novas gerações com a finalidade delas se preparem para a vida social carregada de conjuntos de ideias em comum reunidas até então acerca da natureza humana, progresso, ciência e demais conhecimentos, proporcionando harmonia do indivíduo com o meio.
A educação é aplicada a partir das disposições (que são muito gerais e vagas) de cada criança para torná-las aptas a considerarem para elas os valores e costumes instituídos, criados e expressos pela própria necessidade da sociedade em que estão sendo inseridos. Essas considerações serão necessárias para a diferenciação do ser individual e criação do ser social de forma que haja socialização entre um indivíduo e seus contemporâneos ao partilharem aspectos sociais em comum que possibilitam a interação e a harmonia com o meio.
Concluiu-se, portanto, que a educação tem fim essencialmente social, sendo assim, Durkheim diz que o Estado deve assegurá-la e torná-la mais consciente aos indivíduos ainda que educação seja também concebida como um direito da família, ou seja, ela também é responsável pela direção do desenvolvimento intelectual e moral da educação.
Diz Émile Durkheim no capítulo 1 de “Educação e a sociologia” que “na base de nossa civilização há princípios que implícita ou explicitamente, são comuns a todos” e que “não incumbe ao Estado, com efeito, impor uma comunhão de ideias e sentimentos em a qual a sociedade não se organiza” e contraposta a essa ideia, aqui no Brasil contrariando a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), segundo a qual o ensino religioso é facultativo, um levantamento de dados feito pelo portal Qedu.org.br a partir do questionário da Prova Brasil 2011 pelo Ministério da Educação resultou que em 51% das escolas da rede pública têm-se o costume