Lagoas
Introdução
O processo de ocupação da bacia do rio Paraíba do Sul, ao longo do seu ciclo de desenvolvimento econômico, ocorreu de forma predatória, contribuindo para a degradação ambiental que se verifica nos dias atuais.
O uso do solo e dos recursos hídricos em todo o no vale do Paraíba do Sul sofrem o impacto desde que a região começou a ser ocupada pelas fazendas, no período colonial. A região que passou por vários ciclos agropecuários, desde a implantação das culturas do café e cana-de-açúcar até a formação de pastos para pecuária leiteira, teve tais atividades, implantadas sem o devido manejo conservacionista, levando à derrubada de matas ciliares, ao assoreamento, à poluição das águas (por fertilizantes químicos, pesticidas e outras substâncias) e a inúmeros outros problemas ambientais. Sintetizando todo o histórico de ocupação, embora a bacia do Paraíba do Sul possua uma das mais bem dotadas áreas industriais do país, pode-se dizer que o seu desenvolvimento foi afetado por três fatores bastante desfavoráveis à qualidade de vida da população local: descontinuidade dos ciclos econômicos; grande desnível de desenvolvimento regional permanente degradação ambiental.
1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
A Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul abrange uma área de 55.500 km2, estendendo-se pelos estados de São Paulo (13.900 KM2), Rio de Janeiro (20.900 km2) e Minas Gerais (20.700km2), abrangendo 180 municípios: 88 em Minas Gerais, 53 no estado do Rio e 39 no estado de São Paulo. A área da bacia corresponde a 0,7% da área do país e, aproximadamente, a 6% da região sudeste do Brasil. O rio Paraíba do Sul tem 1150 km de extensão e nasce na Serra de Bocaina a 1800 de altitude, no estado de São Paulo. É formado pelos rios Piratininga, que nasce no município de Areias, e Paraibuna, cuja nascente ocorre no município de Cunha. A confluência dos rios formadores se dá