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Intuição e Razão
Osny Ramos
Não é sem razão, por causa dos aspectos metafísicos que envolvem a fenomenologia quântica, que o físico britânico Stephen Hawking tenha conclamado também os filósofos para a empreitada da construção da Física Quântica. Neste cipoal de processos aparentemente metafísicos, onde os entes de conhecimento se apresentam epistemologicamente apenas difusos e evanescentes, e não se discernem claramente como objeto de conhecimento para a cognição, a racionalidade científica e seu formalismo matemático, que são utilizados com êxito para explicar os fenômenos e os processos da natureza, não se disponibilizam como um eficaz instrumento de elucidação. Compreende-se, portanto, por que os físicos quânticos mais brilhantes, via de regra, têm sido aqueles que são capazes de se conduzir mais por meio de intuições e menos por meio da razão.
Todavia, a utilização também da intuição no processo da produção de conhecimentos, como um procedimento exigível em Física Quântica, vem colidir frontalmente com paradigmas e orientações intelectuais que em certos espíritos encontram-se maciçamente fossilizados em forma de dogmas epistemológicos, e isso ocorre tanto no seio da comunidade científica, quanto em outros arraiais de nossa sociedade pensante. Pois somos todos orientados, pelo atual modelo ocidental de cultura, a nos instrumentarmos apenas com a razão na interpretação da realidade, bem como na solução de nossos problemas e na construção de nosso futuro.
O modelo ocidental de cultura educa o homem para ele ser racional, e apenas isso, como se sua constituição ontológica fosse feita apenas de razão, e como se a