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A FORMAÇÃO DA POSTURA CIENTÍFICA

Mesmo depois de feita a distinção entre os diferentes níveis de conhecimento e escla­recidas as condições da verdade e do erro, ainda não será possível realizar um trabalho científico. É necessário, além disso, ter uma reserva de outras qualidades que são decisi­vas para desencadear a verdadeira pesquisa. Pouco adianta o conhecimento e o empre­go do instrumental metodológico sem o rigor e a seriedade de que o trabalho científico deve estar revestido. Essa atmosfera de seriedade que envolve e perpassa todo o traba­lho só aparece e transparece se o autor estiver imbuído de uma postura científica.
Toda postura ou atitude pode ser cultivada, e o mesmo ocorre com a postura e a atitude científica que caracteriza o cientista. É errada a imagem comumente divulgada que associa a figura do cientista a certos estereótipos e biótipos. Fazer ciência não é privilégio de um tipo em particular de pessoa, nem privilégio de povos, raças e culturas. Podem variar as condições objetivas para se fazer ciência, como recursos, treinamentos e equipamentos adequados, mas a formação da postura científica tem seu ponto de partida na curiosidade infantil, passa pela inquietação da adolescência e pêlos sonhos da juventude. Se tais atributos forem bem cultivados e administrados, a coerência me­todológica que se espera na maturidade pode resultar em cientistas e pesquisadores produtivos ou, no mínimo, em adultos capazes de tratar, analisar e sintetizar a realidade de maneira lógica e coerente. Da mesma forma, a adoçào de uma postura científica pode se dar em qualquer idade e em quaisquer circunstâncias. A ciência pode ser praticada também nas mais variadas situações de vida, e não apenas no recesso dos laboratórios e na solidão das pesquisas de campo.
O desafio de países como o Brasil é, sobretudo, encontrar soluções para seus graves problemas sociais, soluções essas muito mais urgentes e necessárias do que toda a in­dústria de armas, foguetes e de viagens

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