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Coordenada pelo professor Welington Luiz de Ara�jo, do Departamento de Microbiologia do ICB, a pesquisa mostrou a capacidade do rio em recuperar-se mesmo depois de trechos muito polu�dos. Algumas bact�rias e fungos reagem contra os poluentes e fazem com que a �gua volte a ter boa qualidade, podendo ser usada para nadar e at� pescar.
A proposta de Ara�jo � usar esses microrganismos na �gua polu�da, antes que ela seja escoada para o rio. A nova t�cnica de tratamento poder� ser reaplicada, evitando n�o s� a polui��o do Tiet�, mas tamb�m de outros rios. "A nascente do Rio Tiet�, em Sales�polis, na Grande S�o Paulo, apresenta diversidade [de microrganismos] que � alterada nas �reas mais polu�das, pr�ximas da capital�, disse Ara�jo. �No entanto, essa diversidade encontrada no in�cio do curso do Tiet� se restabelece cerca de 150 quil�metros adiante, na regi�o de Piracicaba, e se mant�m at� a foz, no Rio Paran�. Isso demonstra que o rio possui capacidade de se recuperar ap�s sofrer os efeitos da polui��o.�
Nas �reas mais polu�das, os pesquisadores identificaram esp�cies de bact�rias resistentes a metais pesados. �Pesquisas mais detalhadas poder�o levar � utiliza��o dessas bact�rias em processos de remedia��o de �reas contaminadas�, disse o professor. �A ideia n�o � jogar essas bact�rias de volta no rio, mas us�-las em esta��es de tratamento de esgoto em etapas anteriores � chegada dessa �gua ao curso do rio�, explica.