Kinópse

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Agricultura e pecuária – meio rural II
Combustível da polêmica
Até que ponto a produção de bicombustíveis provoca o aumento do preço de alimentos?

Em tempos de aquecimento global, os combustíveis derivados de petróleo, que lançam carbono na atmosfera contribuindo para o efeito estufa, perdem cada vez mais espaço para os bicombustíveis, como o etanol e o biodiesel. Feitos à base de milho e cana-de-açúcar, no caso do etanol, e dendê, girassol, soja e outros cereais, no caso do biodiesel, os bicombustíveis surgiram como uma alternativa mais limpa e sustentável, já que as plantações destinadas a sua produção absorvem carbono para crescer. Essa vantagem possibilitou uma virada histórica na agricultura americana. Em 2007, pela primeira vez, a indústria do etanol consumiu mais milho que a indústria de alimentos. No Brasil, quase 90% dos carros novos são flex, ou seja, funcionam tanto com etanol quanto com gasolina. Essa proporção é invejada por muitos países preocupados com a poluição gerada pelos automóveis.
No entanto, o avanço das lavouras destinadas ao biodiesel e ao etanol contribuiu para o aumento do preço dos alimentos. Até 2005,0 consumo mundial de grãos cresceu principalmente na Ásia, resultando em menos desnutridos na região. Apesar desse aumento, os preços não variaram além do que já ocorria nos 30 anos anteriores. De lá para cá, porém, um fato novo ocorreu: o crescimento da demanda por etanol, especialmente o que é feito do milho, nos Estados Unidos. Nos primeiros meses de 2008, rebeliões ou protestos por falta de comida atingiram 13 países. Dezoito adotaram medidas de restrição às importações, para preservar alimentos para sua população. Com a crise dos alimentos em 2008, governantes e empresários de várias partes do mundo relacionaram a expansão dos bicombustíveis com a alta no preço da comida. Como o mercado de energia abriga múltiplos interesses, tais críticas devem servistes com reserva. Mas até que ponto elas são pertinentes?
Em 2008, a produção

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