Kayo augusto,dificuldade de diagnóstico e reações da sociedade diante de um autista regressivo

CARLENE CHAVES SILVA

KAYO AUGUSTO, A DIFICULDADE DE DIAGNÓSTICO E A
INCOMPREENSÃO DA SOCIEDADE DIANTE DAS REAÇÕES DE
UM AUTISTA REGRESSIVO

Almenara 2015

RESUMO

Esse artigo é resultado de experiências empíricas vivenciadas por mim e pesquisas, como mãe, pai, cuidadora, enfim, única responsável pelo meu filho autista, Kayo Augusto
Almeida Dias, desde o seu nascimento em treze de maio de 2006 até os dias de hoje, o antes do diagnóstico, o durante e o prosseguir; as batalhas de médico para médico, os exames, a ansiedade, o estresse e o enfrentamento do preconceito que paira ainda hoje na nossa vida. A atitude de mãe estudiosa do assunto me dá a certeza de que faz parte da aceitação de ser mãe de um autista “tornar-se especialista no assunto”, para compreender, para fortalecer-se e tornar-se muralha, no sentido de ser forte e de proteger meu filho contra tudo e contra todos os ignorantes no assunto que julgam o autismo de Kayo como
“birra de caçula”, “filhinho mimado da mamãe”,” mal criado”, dentre tantas coisas ouvidas. Palavras – chave: Autismo, Diagnóstico e vivências na sociedade

INTRODUÇÃO

O tema da pesquisa está delimitado na vida de kayo Augusto Almeida Dias, sua relação de amor incondicional e incomum a mim, nos caminhos que percorremos até os quatro anos de idade, quando foi diagnosticado no CEPAI- Centro Psiquiátrico para crianças e adolescentes, em Belo Horizonte, Minas Gerais e os relatos de acontecimentos ocorridos conosco em relação às atitudes diferenciadas dele e as “reações maldosas” da sociedade diante do espectro autista.
Apresento como sujeito da pesquisa a criança Kayo Augusto Almeida Dias, o qual teve um desenvolvimento normal até dois anos de idade, tendo arrastado, gorjeado, sentado, falado, levantado com ajuda de objetos, andado, tudo antes da tabela de desenvolvimento dos livros de Medicina e do cartão de vacinação (em anexo fotos dele interagindo comigo; eu tirei quase todas as fotos, exceto uma de