karl marx

3875 palavras 16 páginas
Do ponto de vista sociológico, só existem os indivíduos e as suas relações. Asociedade, como entidade geral, não tem qualquer existência separada dos indivíduos que a compõem. Não há ser coletivo, alma de povos ou de grupos. Isto não passa de qualidades ocultas, inventadas por sociólogos que se julgam cientistas e não passam de metafísicos. Sob o nome de "sociedade" em geral, elevam ao grau de verdade absoluta, certas ou todas as características da sociedade existente. São, pois, de fato, por vezes com os melhores intuitos do mundo, os apologistas desta sociedade, os seus ideólogos. Não compreendem o devir da sociedade concreta, nem a sua estrutura real, por sua vez mutável. Os seres humanos fazem a sua vida (social), a sua história e a história geral. Mas não fazem a história em condições por eles escolhidas, determinadas por sua vontade. Sem dúvida desde o princípio da humanidade, o homem (social e individual) é ativo, mas não se trata, de modo algum, de uma atividade plena, livre e consciente. Na atividade real de qualquer ser humano, há uma parcela de passividade, mais ou menos grande, e que diminui com o progresso do poder e da consciência humana, mas nunca desaparece de todo. Por outras palavras, devemos analisar dialeticamente a atividade humana. Nela se misturam a atividade e a passividade. Na sua ação, ao modificar a natureza e o mundo que o envolve, o indivíduo sofre a ação de condições que não criou: a natureza em geral, a sua própria natureza, os demais seres humanos que o cercam, as modalidades já constituídas da atividade (tradições, utensílios, divisão e organização do trabalho, etc.). Graças à sua própria atividade, os indivíduos contraem, pois, determinadas relações, as relações sociais. Não podem desligar-se destas relações; a sua existência depende delas, bem como a própria natureza da sua atividade, os limites e as suas possibilidades. Assim, a sua consciência não cria essas condições, mas, ao contrário, compromete-se nelas, sendo, portanto,

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